Estava conversando ontem com amigos sobre escolas militares freqüentadas por parentes e amigos deles no Brasil. É meio cruel com os recrutas, mas algumas histórias são bem engraçadas, no estilo Tropa de Elite.
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O recruta, já atrasado para chegar ao quartel, pede ao motorista do ônibus que pare em frente ao quartel, já que o ponto de ônibus ficava uns três quarteirões mais longe. O motorista, gentilmente atende o pedido. Um sargento, na entrada do quartel chama o recruta, que já ia entrando apressadamente no prédio.
- Oh soldado! Volta aqui!
- Sim Sr!
- O Sr está vendo alguma placa indicando ponto de ônibus aqui na frente do quartel, soldado?
- Não Sr.
- Então o Sr vá, marchando, até lá embaixo no ponto de ônibus, soldado, e volte, marchando!
- Sim Sr.
Após fazer o ingrato percurso de ida e volta marchando e, "pagar 10" para o sargento, o recruta finalmente pôde entrar no quartel. Muito provavelmente para "pagar" mais lá dentro, pelo atraso.
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Outra vez, os alunos perderam a chave de um depósito. Tiveram que providenciar uma nova cópia da tal chave. Mas os oficiais deram um jeito de garantir que a nova chave não seria perdida. Amarraram a chave em um pneu de trator, e sempre que algum recruta precisava abrir o tal depósito tinha que levar rolando o "chaveirinho" e trazer de volta. Parece que nunca mais perderam a chave...
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Quatro recrutas tinham ordens para carregar um tronco grosso de madeira pesadíssimo por uma distância absurda, provavelmente por nenhum motivo razoável. Um dos soldados não estava aguentando e falou aos companheiros:
- Cara, não tô aguentando. Eu vou largar, eu vou largar...
- Fala baixo rapaz.
- Cara, não tô aguentando, não dá mais.
- Fica firme aí Fulano, Jesus tá com a gente.
Nisso o Sargento entra no assunto:
- Quem é que tá aí com os Srs soldado?
- Jesus, Sr.
- Ah, o Jesus tá aí? Mas eu falei que era pra 4 carregarem o tronco, não 5. Pode sair um dos Srs. Sai e entra no próximo grupo.
2 comentários:
Ótimas histórias. Mas esses caras são fogo... Eu tenho um baita preconceito com esse meio aí, é melhor eu nem dizer nada, pra não ser preso... hahaha!
Hehehe. Eu não tenho preconceito contra ninguém, mas eu não me alistaria. Eu também pensei em "prisão" quando escrevi esse post, mas acho que a ditadura acabou, sem falar que eu já estou, preventivamente, no exílio.
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