sábado, 27 de março de 2010

Berlim Cultural


Berlim não se resume a sua história única. Berlim tem também muita arte e cultura. Quando eu cheguei na cidade, quando desci na estação de metrô perto do albergue onde ficaríamos, um adesivo dos Ramones na parede já me chamou a atenção. Pensei e na hora falei aos companheiros de viagem: "Opa, estamos no lugar certo!". A cidade, ou pelo menos algumas partes dela, incluindo a área onde ficamos, têm um ambiente muito alternativo. Punk mesmo, no sentido de criatividade, liberdade, diversão. Muita arte de rua. Muito grafite de qualidade (não confundir com pichação e vandalismo). Lá o grafite é levado a sério. Eu vi desde loja de bicicleta até supermercado com a faixada toda decorada por grafite. Não é vandalismo, é trabalho profissional e, na minha opinião, muito bonito. Muito interessante. E tem muito bar alternativo. Lugares com todo o tipo de música. Do punk rock à música eletrônica. Música eletrônica que eu a princípio não gosto, mas que se estando no ambiente certo, com os malucos certos e com o DJ certo pode sim ser interessante. Um lugar que recomendo para isso, por exemplo, é a Cassiopeia. Trata-se de um depósito de trens bombardeado e abandonado durante a guerra que, anos depois, virou night club, skate park e, dizem, que cinema ao ar livre no verão. Infelizmente estive lá no inverno. O lugar é altamente recomendável. Diversão e cultura (ou "contra-cultura") garantidas.

Comecei o post falando em Ramones, a cidade conta com um pequeno museu da banda. Tem bastante memorabilia, coisas como tênis, jaquetas, guitarras, baquetas usadas pelos caras. Desenhos e letras escritas a mão pelo Dee Dee e outras raridades desse tipo. O lugar é bacana, e serve um café muito bom. Para quem é fã vale a pena. Para quem não é, nem tanto.

Nos próximos posts eu vou fazer mais ou menos como fiz com Florença a um tempo atrás. Sobre Florença eu postei algumas obras de arte clássicas daquela bela cidade. Sobre Berlim, vou postar algumas obras de arte de rua que gostei. O crédito de algumas das fotos, como essa deste post, vai para meu colega Neumar Malheiros, que esteve lá comigo e tinha um celular com uma camera boa para as ocasiões em que as cameras "normais" não eram apropriadas.