Noticias Esprtivas

Uma das coisas que fiz no fim de semana passado foi acompanhar um pouco o esporte pela TV. Como nenhum canal transmite o campeonato italiano - só pagando pay-per-view pra ver o Adriano jogar - o cara tem que acompanhar outros esportes. Parece que a tendencia de um cara dominar um esporte totalmente está acontecendo cada vez mais. Depois do Schumacher mandar na F1 por um baita tempo, do Valentino Rossi ter acabado com as chances de qualquer outro cara ser campeão de Motociclismo, e do Brasil ganhar copa toda hora, agora tem o Federer, tenista suiço que ganhou o seu sétimo torneio de Grand Slam domingo. Eu vi boa parte do jogo. O cara é bom mesmo, ganhou ao natural do adversário, o chipriota Marcos Baghdatis, na final. E o narrador Suiço falava coisas como "Tu ve, o Baghdatis ainda acredita que tem alguma chance..." é, cada um tem o Galvão Bueno que merece. Depois fui ver a copa do mundo de esqui, e nisso quem está mandando são os austríacos. Em todas as provas que eu vi só deu Áustria. Falando em copa do mundo de esqui, em fevereiro teremos as olimpiadas de inverno em Turim. E aqui os caras tratam esse negócio de olimpiada de inverno como olimpiada de verdade. Ouvi falar que a tocha olimpica passou aqui por Lugano segunda-feira, mas eu não vi. Também, isso é dia de passar com tocha? Segunda-feira?! Antes que alguem faça alguma piadinha sobre tocha, já adianto que não tem graça nenhuma hehehe! Buenas, por hoje é só.

Nevasca Recorde

Sexta-feira passada tivemos uma nevasca "animal" aqui em Lugano. Uma velhinha que escorregou e caiu sentada na neve (ou como disse um colega meu: "the old lady totally ate shit") reclamou que nunca tinha visto tanta neve assim em lugano, e olha que ela parecia morar aqui já há um bom tempo. Buenas, aqui vai meu relato deste dia, pois foi bem divertido. Na sexta-feira, tínhamos uma reunião marcada com o diretor do departamento para discutir o doutorado. Acontece que o diretor não conseguiu sair de casa por causa da quantidade de neve, e aí alguem sugeriu que fossemos para a rua fazer uma grande snowball fight já que não ia ter reunião. E lá se foram uns 15 alunos de doutorado jogar bolas de neve uns nos outros. Claro que os caras da graduação que estavam por perto, vendo aquilo, não perderam a oportunidade de entrar na brincadeira e jogar neve nos respectivos PEDs! O mais legal era quando alguem gritava "Fulano!" e todas as 20-30 pessoas presentes jogavam bola de neve ao mesmo tempo no Fulano. Ou então quando Beltrano estava embaixo de uma árvore e alguem jogava uma bola de neve na árvore fazendo cair toda a neve acumulada na árvore em cima do Beltrano. Depois dessa guerra, não tinha mais clima para trabalhar naquele dia, e passamos o resto da tarde brincando na neve. É, alguém vai dizer que não tivemos infância. Pode ser, mas eu não tinha neve pra brincar quando era criança poxa! Seguem algumas fotos da várzea:



Eu e o Jeff trabalhando no boneco de neve da Universidade.






E o boneco depois de pronto posando junto com a galera que ajudou a construí-lo.






Depois resolvemos entrar para o Guiness fazendo "a maior bola de neve do mundo". Hmm, com uma patrola dá pra fazer uma bola de neve 10 vezes maior que essa. Tá bom, resolvemos entrar para o Guiness fazendo "a maior bola de neve do mundo feita a mão". Hmm, algum maluco já deve ter feito coisa maior. Tá, entramos pro Guinness com "a maior bola de neve do mundo feita a mão em frente a uma universidade" então! O jeito de fazer uma bola de neve grande é fazer uma bola pequena e empurrar ela pelo campus até ela ficar grande. O problema é que, como a foto mostra, quando a bola começa a pesar cerca de uma tonelada e meia fica difícil seguir empurrando-a.



Bom, não sei se dá pra entrar pro Guinnes ou não, mas ficou provado que é uma bola de neve com capacidade para 7 pessoas. Ao fundo o boneco que tinhamos feito antes, de costas.

Davos

Ok, mais um post sobre esqui. Prometo que no próximo fim de semana não vou esquiar, e deve aparecer um post sobre qualquer outra coisa, mas esse ainda é sobre esqui. Desta vez fui para Davos em uma excursão organizada pela universidade. Foi bom pois: 1. tive a oportunidade de ter instrutores me dando dicas sobre esqui; 2. haviam outros iniciantes no esporte, de modo que eu não era o único a pagar mico; 3. Tive a oportunidade de falar um pouco de italiano com meus colegas iniciantes e com os instrutores (isso é bom por que no dia-a-dia não tenho praticado o italiano alem de frases como "una pizza per favore"); 4. Sai mais barato ir esquiar com a Universidade do que por conta própria.


Aí estou eu e meus colegas iniciantes na foto, com exceção do cara de capacete, que é instrutor. Davos é um lugar bem melhor para iniciantes do que Andermatt. Tem uma pista azul decente e a cada tentativa eu consigo controlar melhor os esquis. É, por incrivel que pareça esqui tem controle. Não é uma descida em direção aleatória como costumava ser pra mim. Dessa vez eu não atropelei ninguem, mas como tinha outros principiantes, foi a minha vez de ser atropelado. Mas tudo bem, eu entendo melhor do que ninguem que isso faz parte do esporte.


Só por curiosidade, a imagem acima mostra o mapa das áreas de esqui em Davos. Nós ficamos em Rinerhorn, que é a montanha a direita. Nosso grupo de iniciantes ficou só na pistinha azul pequena, perto de onde está escrito "Trainer" (nunca é demais lembrar que clicando na imagem ela aparece num tamanho maior). O pessoal mais experiente passeou por toda a área de Rinerhorn, em pistas azuis, vermelhas e pretas.

Andermatt

É meus caros, mais um domingo de esqui. Dessa vez fomos para a cidade de Andermatt, na parte alemã da Suiça. A primeira coisa legal do dia foi conhecer o sistema de navegação com GPS do carro dos meus amigos. Foi mais ou menos assim quando nos encontramos de manhã: "E ai pessoal, vocês sabem como chegar em Andermatt?" "Nós não temos a menor idéia, mas o carro sabe." E sabia mesmo. Bastou selecionar Andermatt entre as cidades suiças e o carro começou a falar coisas como: "Entre a esquerda daqui a 500 metros" e a mostrar mapas e setas indicando o que fazer todo o tempo. E o legal é que funciona na cidade tambem. Podes escolher um endereço e o carro te diz como chegar lá. Barbada. Seria o ideal pra mim, que sempre passo reto nos lugares onde devo entrar.


Buenas, foi fácil chegar em Andermatt, mas não foi tão fácil esquiar por lá. Não recomendo essa área onde ficamos para iniciantes, dizem que em Andermatt mesmo tem outra área mais light, mas não a conheci. Estão vendo a placa ali na foto indicando algumas pistas azuis, uma vermelha e uma preta? Balela! Para mim é tudo vermelho pra cima. Sério, essa área eu não recomendaria para iniciantes, pelas descidas aí da foto dá pra ter uma idéia de como são as pistas "azuis". Mas como eu ando com profissionais do esqui eu vou aprendendo na base do "esquia direito ou te esborracha" hehehe. Já esquiei bem melhor do que em Morgins. Consegui descer as pistas "azuis" na base do devagar e sempre (não desço com os esquis paralelos como todos os esquiadores normais descem nem que a vaca tussa hehehe). Claro que ainda caio toda a hora, mas está bem melhor que estava. Domingo que vem acho que vou tentar esquiar em Davos. Vai ter uma excursão aqui da faculdade para ir esquiar lá. Parece que vai ter até instrutor grátis pra galera. Quem sabe dessa vez eu aprendo a esquiar de verdade. Ah, os piás de 4 anos de Andermatt são ainda mais ninjas que os de Morgins, eles saltam em pequenas rampas. Coisa de maluco.

Hermenegildo

Esse post vai especialmente para os meus amigos de Santa Vitória. Olha só o nome dessa loja chique as margens do lago de Lugano! Pelo jeito a maior praia do mundo continua aqui hehehe. Tá bom, eu sei que o nome da praia é Hermenegildo com h, mas eu não poderia perder essa piada. De alhos para bugalhos, hoje desmontaram a árvore de Natal em frente a prefeitura. Pena, pois era legal passar por ela todos os dias. Hoje aquela praça pareceu vazia.

Mais Fotos de Morgins!

Buenas, como nessa semana não aconteceu nada de muito interessante, aqui vão mais algumas fotos do ano novo em Morgins, mesmo por que as fotos brancas de neve contrastam bem com o fundo preto do blog.


Essa primeira foto é do apartamento do Nicolas, onde ficamos. Muito aprazível o lugar.


E esta é a vista da sacada. A cidade de Morgins é extremamente pequena. Aparentemente é menor que o Cassino, por exemplo. Mas tem em comum com o Cassino que lota na mesma época do ano, de dezembro a março, só que em vez de ir a praia a galera vai esquiar, e em vez de ir no Larus, a galera vai num tal de T-Bar. Lá em cima desta montanha que aparece ai na foto é que fica a área de esqui.


Mais uma vista. Acho que em Morgins eu vi toda a neve que ainda não tinha visto nesses meus 27 anos de vida.



Aqui uma foto de parte da galera no teleférico indo esquiar.





E depois de dois exaustivos dias de esqui, a galera pronta para "atacar" Zampone com lentilhas na noite de ano novo.





É isso aí pessoal! Um feliz ano novo para todo mundo!!

Morgins

Buenas, acho que praticamente toda a audiencia deste blog já sabe que eu fui com alguns colegas para a cidade de Morgins esquiar durante o feriado de ano novo. Aqueles que não sabiam, ficam sabendo agora. Nesta primeira foto, estou na cidade de Realp, esperando um trem que levaria nossos dois carros por um túnel através das montanhas. Nesta cidade estava o maior frio que eu já enfrentei até hoje. Acho que estava uns -10 graus. Fui comprar um sanduiche e ao tirar as luves pra contar moedas minha mão quase congelou em segundos.


A primeira manhã de esqui foi um fiasco total. Simplesmente não consegui parar em pé em cima dos malditos esquis. Na primeira vez que calcei os esquis, sai sempre reto, sem ter a menor idéia de como parar ou desviar e acabei atropelando um suiço. A única coisa que eu soube falar em frances foi: "Pardon! Pardon!". Ainda bem que o Nicolas estava por perto e explicou para o cara que eu nunca tinha subido em um par de esquis na minha vida antes e ele aparentemente entendeu. No resto da manhã, eu ouvi a teoria sobre como freiar e como fazer curvas dos meus colegas, todos esquiadores experientes. Na teoria tudo pareceu extremamente simples, mas na prática eu passei a manhã toda no chão. Vocês precisam ver como é fácil levantar do chão com esquis e com as confortáveis botas que encaixam nos esquis. Para se ter uma idéia, ao descer escadas com botas de esqui, a pessoa se sente como o ED209, aquele robô grandão do filme Robocop. Na foto acima, estou eu sentado no chão tentando levantar e o meu amigo Nicolas, que esquia desde os 3 anos de idade me dando uma força. Reparem no piá que vem esquiando tranquilamente a direita na foto. É impressionante como a cada vez que eu me esborrachava no chão passava um ou dois gurizinhos esquiando a 200 por hora. As vezes era uma guriazinha de uns 4 anos com uma jaquetinha cor de rosa. E o grandalhão aqui caido no chão. Podem rir, mas se qualquer um de vocês vier aqui me visitar faço questão de "ensiná-los" a esquiar. Ai vai ser a minha vez de rir hehehe.

A tarde já consegui ficar em pé, pegar a manha de reduzir a velocidade (tem que fazer um "v" com a parte da frente dos esquis) e comecei a esboçar tentativas de curvas (colocando o peso do corpo na perna direita tu fazes a curva para a esquerda e vice versa, eu disse que na teoria é fácil). Consegui descer algumas vezes a descida menor e menos inclinada da área de esqui (a mesma da foto anterior) sem cair. Quando consegues descer alguns metros controlando a velocidfade e a direção dos esquis a sensação é muito boa. Deslizar na neve é muito legal! A tal área de esqui, é um parque enorme, com uma parte na Suiça e outra na França, com diversas "pistas" de diferentes niveis de dificuldade para esquiar. A pessoa sabendo esquiar deve ser muito bom passear por este enorme parque. Quem sabe em um ou dois anos eu consiga sair da área de iniciantes. No fim do dia eu já conseguia descer essa pistinha mais barbada quase sempre sem cair.


No segundo dia eu já era um esquiador melhor (pior seria impossível) e já tinha dores nos braços e pernas de tanto cair e levantar no dia anterior. As "pistas" (coloco pistas entre aspas, por que não sei se esta é a palavra adequada para o que em inglês os caras chamam de "slopes") no parque são classificadas em cores de acordo com o nivel de dificuldade. Verde sendo o nivel mais fácil (praticamente plano e sem graça), Azul o nivel fácil (no qual eu fui aprender), vermelho o nível médio e preto o nível suicida. Na tarde do segundo dia, resolvemos ir até uma outra pista azul, que teria aproximadamente a mesma inclinação da pista onde eu andei todo o tempo, mas mais longa, proporcionando uma experiencia mais duradoura. Ok, seria a pista perfeita para um iniciante metido a besta como eu. Acontece que o caminho para se chegar até a tal pista azul não é necessariamente azul, e eu cai alguns tombos. Quando estavamos mais ou menos no meio do caminho, começou a nevar forte e não dava para enxergar mais nada, sem falar no frio de rachar. Resolvemos desistir da tal pista azul e voltar. No caminho de volta tivemos que passar por uma pista vermelha. Desnecessário dizer que cai a cada 2 metros de descida. Agradeço ao meu colega Jeff pela paciencia de me aturar caindo toda hora e a cada tombo me dar dicas para tentar melhorar as coisas. Mas enfim, bem ou mal eu consegui descer uma pista vermelha no meu segundo dia de esqui! Nada mau hein? Ah sim, tem uns piazinhos de 5-6 anos que tambem descem as pistas vermelhas. Por incrivel que pareça, os guris voam. Estou em duvida se eram crianças mesmo ou se contrataram um grupo de anões para me humilhar no esqui. É, mas eu ainda prefiro a minha pistinha azul curta. Pelo menos eu desço ela em pé. Na foto anterior está a minha visão em um dos incontáveis tombos do fim de semana.



Nesta foto estou eu com pose de quem sabe esquiar. Não sei se posso dizer que sei esquiar, mas pelo menos sei mais do que sabia antes, e a idéia era essa. Quem sabe eu compro um par de esquis usados (esses da foto são alugados) e pratico mais esse esporte muito divertido. Ao fundo na foto está o teleférico que leva ao topo da montanha onde ficam as pistas.

A comemoração de ano novo estava muito boa. Apesar de todo mundo estar quebrado de tanto esquiar por dois dias, recuperamos as energias com um ótimo jantar. Comemos sopa dos balcãs (aliás é sopa fria, nunca tinha visto), "zampone" com lentilhas, e um arroz de forno tipicamente mineiro. Completamos com sorvete e frutas. Vinho e champagne tambem não poderiam faltar. Em suma, foi um excelente passeio esse do ano novo. Apesar de eu ainda estar sentindo um pouco os musculos dos braços, esquiar é muito divertido, e eu como sou teimoso quero tentar outras vezes.