Já era mais de meia-noite quando cheguei no hotel e encontrei minha prima Ligia (eu e ela ainda não temos certeza se esposa do meu primo é minha prima, se alguém souber o real grau de parentesco escreva nos comentários) e a sua amiga Sibele, mais uma brasileira perdida aqui no velho continente. Mais de doze horas de atraso, pois deveriamos ter nos encontrado as dez da manhã. Sacanagem, fiz as gurias esperarem por mim a manhã toda até conseguir ligar pro hotel naqule trem lotado de Milão para Veneza. O negócio foi ir dormir logo para curtir o sábado.
Para as fotos deste dia, por favor acessem o Picasa da Ligia, pois o tosco aqui esqueceu a camera fotográfica no hotel no primeiro dia. As fotos que ilustram o post também são "surrupiadas" da Ligia. Espero não ter que pagar royalties ;-).
E que belo sábado. Em Paris é muito legal tu saires do metrô e te deparares direto com uma arquitetura fantástica. Prédios majestosos. É realmente um lugar especial. Só caminhar nas ruas de um lugar assim já vale a viagem. Tu podes praticamente apontar tua máquina fotográfica para uma direção aleatória e bater sem olhar que tens uma grande chance de tirar uma foto bonita. Os prédios "comuns" do centro de Paris seriam atrações turísticas em cidades como a minha querida Rio Grande. Saímos do metrô e demos de cara com a Ópera de Paris. Um belíssimo prédio. Mas estava em reformas. Gostaríamos de ter entrado, mas tempo e dinheiro nos restringiam, e além disso estava em obras o lugar. Partimos para a galeria Lafayette, logo atrás da ópera. Não é exatamente o lugar para um fã de Ramones como eu. Uma loja de perfumes, bolsas, sapatos e roupas predominantemente femininas. O lugar é um templo ao consumo feminino. Sete andares destas coisitas que as mulheres adoram. Minha esposa Cláudia iria amar o lugar. O prédio é absurdamente bonito, com vitrais e sacadas no interior realmente impressionantes, como mostra a foto a seguir. O prédio faz valer a visita mesmo pra quem não pensa em comprar bolsas e sapatos. Eu aproveitei para procurar um perfume que a dignissima me havia encomendado, mas não comprei-o aqui.
Depois comemos sanduiches e fomos para o Louvre. Provavelmente o maior museu de arte do mundo. Um prédio gigantesco que não conseguimos percorrer em uma tarde. São muitas e muitas esculturas gregas, romanas, européias, egípcias e de tantos outros lugares, como a Venus de Milo (ou Afrodite de Milos, como preferem os gregos) mostrada na foto a seguir. Além das esculturas, pinturas De toda a Europa, de vários períodos. Com destaque para obras Italianas renascentistas como a Mona Lisa, do meu xará Leonardo. Imagino que muitas das obras foram "tomadas" durante o periodo em que Napoleão dominou quase toda a Europa. O fato é que o lugar concentra uma quantidade de arte e cultura descomunal. E me fez muitíssimo bem estar em um lugar assim. Tem muito o que se aprender nesse mundo.
O lugar é tão espantoso que, ao entrarmos na galeria Apollo (uma área onde são expostos alguns pertences do Luis XIV, inclusive algumas jóias da coroa), a Ligia que normalmente é "bem comportada" olhou para aquelas paredes e aquele teto ornado com detalhes em dourado, pinturas e esculturas deslumbrantes e exclamou: "Puta merda!" Eu concordei na hora e concordo plenamente. Puta merda! O Louvre é foda!
Por alguma razão as esculturas me chamam mais a atenção que as pinturas, então abaixo vejam Cupido e Psiquê, de 1787 do Escultor Antonio Canova, de Veneza.
Essa escultura retrata o mito de Eros (cupido) e Psiquê, narrado assim pela Wikipedia: "O mito de Psiquê (Espírito) é narrado no livro O Asno de Ouro de Apuleio, que a cita como uma bela mortal por quem Eros, o deus do amor se apaixonou. Tão bela que despertou a fúria de Afrodite, deusa da beleza e do amor, mãe de Eros- pois os homens deixavam de freqüentar seus templos para adorar uma simples mortal. A deusa mandou seu filho atingir Psiquê com suas flechas, fazendo-a se apaixonar pelo ser mais monstruoso existente. Mas, ao contrário do esperado, Eros acaba se apaixonando pela moça - acredita-se que tenha sido espetado acidentalmente por uma de suas próprias setas."
Percebam que a mãe do tal Eros é a Afrodite, ou a Venus (de Milo) da foto anterior. Mitologia é legal demais. Agora imaginem que cada uma das milhares de obras do lugar tem uma história dessas. É de ficar bobo mesmo.
As 18hs fechou o museu. Tivemos que cair fora. Mas ainda tivemos folego pra ir até a Catedral de Notre Dame. Impressionante a arquitetura. Dezenas de santos e apóstolos e outras figuras religiosas esculpidas na parede do lugar. Eu fiquei sentado só olhando para aquela igreja um bom tempo. Só contemplando aquelas figuras. Realmente impressionante. E era véspera de Páscoa. À noite teve uma celebração na catedral com velas e as luzes todas apagadas. Bem interessante. A seguir, foto da belíssima catedral. A riqueza de detalhes e a quantidade de esculturas na fachada é o que mais me impressionou.
Encerramos o dia comendo crepes e tomando cidra. Uma tradição francesa. Que belo sábado meus amigos. Que belo sábado. E ainda falta falar do domingo e da segunda-feira. Putz, esses posts parisienses vão longe. Será que alguém vai aturar ler tudo isso? Bom, qualquer hora dessas eu escrevo sobre o domingo.
Não deixe de visitar também o blog da Ligia com as impressões dela sobre essa mesma viagem.
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