sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Rio de Janeiro

Houve ontem e continua hoje uma mega-operação das forças da ordem envolvendo o BOPE, a polícia militar, a polícia federal, a polícia civil, a marinha, o exército e a aeronáutica na cidade do Rio de Janeiro. Estive olhando na televisão e as imagens são de guerra. Mas pelo menos pelo que eu vi, de longe e pela imprensa, me parece estar agindo certo o poder público. Já era hora de tentar dar um basta ao verdadeiro exército de traficantes que se viu ontem nas imagens da televisão. Falando em imagens, vou usar o conceito que diz que uma imagem vale mais do que mil palavras e ilustrar o post com a imagem mais expressiva que encontrei na imprensa.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

As Mulheres e o Paintball

Devem existir umas duzentas mil maneiras desse post ser mal interpretado, mas vou escrever mesmo assim. Talvez alguém entenda o que quero dizer.

Ainda antes de ontem, no trem, subiram cinco gurias de uns 20 anos mais ou menos. Elas eram todas grandalhonas. Vestiam-se no estilo tênis, jeans e moletom. Conversavam sobre paintball (ou alguma variante eletrônica de paintball). Falavam alto, praticamente aos gritos sobre estratégias de guerra. Como eram cinco e só haviam três lugares vagos, sentaram umas no colo das outras. Duas delas dividiam um iPod, cada uma ouvindo de um fone. Pra mim nada pode ser menos feminino que uma garota narrando quantas pessoas fusilou com a mesma entonação, velocidade e volume com que o Pedro Ernesto Denardim narra um contra-ataque do Inter em jogo decisivo de Libertadores. Por favor, não vá ninguém que joga paintball se ofender. Elas poderiam estar falando sobre basquetebol e me dar a mesma impressão. Existem maneiras femininas de se jogar paintball.

A coisa mais feminina que aconteceu na quase uma hora de papo delas que presenciei foi quando uma disse pra outra:

- E aí, tá namorando o fulano?
- Er, é, uh, mais ou menos! (já olhando pra outra guria e tentando fugir do assunto)
- Oh, che carina! (uma mistura de "que bonitinha" com "que simpática", apertando a bochecha da amiga)

Outro exemplo, a tal Mayara que ficou famosa pelo preconceito estúpido pós-eleições. Deixando de fora um instante a estupidez do preconceito em si, chamo a atenção para a forma em que ela expressa o preconceito. Fala em "matar afogadas" as pessoas. Isso é coisa "de homem". É de uma violência e estupidez que são das piores coisas "de homem" que existem. Triste ver algo assim saindo de uma menina.

Existem correntes do feminismo que pregam que a mulher deve chegar pro homem e falar algo como: "Escuta aqui o seu filho da puta: eu quero isso, isso e aquilo! Tenho direito a tal e tal coisa! Tá ouvindo porra!?!?" Elas têm direito mesmo. Eu sou totalmente a favor dos direitos iguais, da independência feminina e tudo mais. Mas pelo menos comigo, não sei dos outros homens, uma mulher tem milhões de maneiras mais eficazes de conseguir o que quer e tem direito do que berrando desse jeito.

Em resumo, o que eu quero dizer é que acho que o mundo vai ser muito chato se todo mundo "virar homem". Será que não é possível a igualdade mantendo as diferenças saudáveis? Será que a emancipação do feminino tem que ser o fim do próprio feminino? Houve um tempo em que se dizia que se as mulheres governassem o mundo não existiriam guerras. Será que isso ainda é verdade? São dúvidas que eu tenho hoje.

Nem tudo está perdido, no dia seguinte, também no trem eu vi gurias "normais" falando em um tom de voz normal sobre fotos, sobre um mosaico que uma delas estava fazendo. Coisa mais bonitinha.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lennon

Uma imagem do John, só porque todo mundo está falando do Paul. A imagem é de um tal Leonid Afremov e pode ser adquirida neste link.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eleições

Venho falar de eleições só agora, depois de encerrado o pleito pois não gostaria de fazer campanha para nenhum candidato, nem correr o risco de fazê-lo indiretamente. Escrevo apenas para registrar minha insatisfação com o nível dos candidatos e da campanha que tivemos. Uma campanha que se baseia em arremesso de fita crepe e em discursos para agradar religiosos em um país cujo governo deveria ser laico não me agrada nem um pouco. De longe não pude acompanhar a campanha em grandes detalhes nem ver o horário eleitoral gratuito, mas as informações que me chegaram pela Internet são de que o nível foi realmente lamentável. E pra completar, elegeram um palhaço analfabeto. Uma verdadeira piada de mal gosto. No fim, para presidente, o povo acabou escolhendo a candidata que talvez seja a menos pior. Agora cabe a todos nós apoiarmos e torcermos que a nova presidente consiga fazer o que for possível para o desenvolvimento do nosso Brasil. Boa Sorte presidente Dilma Rousseff.