sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Blogosfera: Jornalismo Verdade!

É incrível como as pessoas postam qualquer coisa na Internet sem o menor compromisso em saber se o que está falando corresponde à realidade ou não. Eu, por exemplo, virei jogador profissional de futsal e não sabia. Bueno, de acordo com este post, este que vos escreve foi contratado por um time de futsal aqui da Itália. Sem falar que "O mercado de futsal italiano é muito maior que o brasileiro. As mesmas torcidas organizadas que temos aqui para o futebol de campo, lá são formadas para o futsal. Os meninos têm seu próprio fâ-clube." Eu até gostaria de viver de jogar bola, mas não é o caso. Também não tenho notícia de que o mercado de futsal italiano seja tudo isso que o blog fala. Pelo menos aqui em Trento não é. Muito menos comparável ao futebol de campo do Brasil! Pelo que pude apurar pela Internet, já que o próprio blog não diz, esse blog é do curso de jornalismo da PUC de São Paulo. Ainda bem que ainda são estudantes, apenas aprendendo a ser jornalistas. Até a formatura eles aprendem a checar tudo direitinho ;).

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Livro da Vez:
Rua dos Cataventos & Outros Poemas
Mário Quintana

Dentre as coisas que fiz em Porto Alegre, comprei um livrinho chamado "Quintana de Bolso - Rua dos Cataventos & Outros Poemas" na feira do livro. Bom demais. Li uma parte no Bosque dos Jequitibás em Campinas, uma parte no avião e outra parte aqui na Itália. Não sei se era saudade de ler em português, saudade do bosque, ou se é bom esse Quintana mesmo. Provavelmente as três coisas. Divido com vocês dois dos poemas que mais gostei.

O primeiro, dedico aos meus verdadeiros amigos:

Intermezzo

Nem tudo pode estar sumido

ou consumido…
Deve – forçosamente – a qualquer instante
formar-se, pobre amigo, uma bolha de tempo nessa Eternidade…

e onde
- o mesmo barman no mesmo balcão,
por trás a esplêndida biblioteca de garrafas,
fonte de nossa colorida erudição -
haveremos de continuar aquela nossa velha discussão
sobre tudo e nada
até
que, fartos de tudo e nada,
desta e da outra vida,
a rir como uns perdidos,
a chorar como uns danados,
beberemos os dois nos crânios um do outro…
até o teto desabar!

(Perdão! até a bolha rebentar…)

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O segundo, fala sobre o que o poeta quer levar quando morrer.

Quando eu Morrer
Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixai-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!

Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que linda a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...

Eu levarei comigo as madrugadas,
Pôr-de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...

E um dia a morte há de fitar com espanto
Os fios de vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...

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Na verdade, o que eu mais gosto nesse poema é um simples verso: "Mais o rir das primeiras namoradas..." Pra mim, esse verso já é um poema. Grande Quintana. Recomendo o livrinho, tem muitos outros poemas geniais. Muito bom!

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Brasil!

Esse post é sobre coisas muito boas. Acabo de chegar de uma revigorante viagem para casa. Para o meu Brasil e o meu Rio Grande do Sul. Confesso que não me sentia tão feliz quanto me senti lá há um bom tempo. Os motivos são vários. A agenda foi lotada. Fiz em duas semanas e meia de Brasil coisas que por aqui não faço em meses, talvez em um ano. Vou contar-lhes tudo.

Já saí do avião direto para uma churrascaria. O leitor não pode imaginar a falta que faz um bom churrasco para um gaúcho que estava fora do país há pouco mais de três anos. Digo fora do país porque hoje o churrasco é difundido em todo o país, e até em Portugal é fácil encontrar essa iguaria. Mas na Itália não se encontra, ou se encontra por preços exorbitantes. Então foi uma grande alegria matar essa saudade. Ainda mais acompanhado por grandes amigos como são o Castanheira, a Sheila e a Isabel. Depois do almoço, junto com o "Velhão", outro grande amigo, fomos direto ao Grenal, vencido por um a zero pelo Colorado. Não poderia imaginar jeito melhor de chegar ao Brasil. A noite curti Porto Alegre, a Cidade Baixa, lugar bem bacana que estava lotado de gente com camisetas da dupla grenal confraternizando e tomando cerveja. Uma cena que chega a ser emocionante, pra quem vive num lugar onde a camisa do Inter ou do Grêmio não querem dizer nada para a absoluta maioria das pessoas.

No dia seguinte, fui pra casa. Rio Grande! Minha cidade que, diz o Jornal do Almoço, cresce a cada dia e deve em breve ser a segunda economia do estado, graças aos investimentos em nosso porto pela Petrobrás que geram milhares de empregos diretos e indiretos. Diz ainda o Jornal do Almoço que em 2012 teremos um oceanário próximo à praia do Cassino. O oceanário será uma atração turística de grande porte e um centro de pesquisa extraordinário para a oceanologia, área já tão importante na nossa cidade e universidade. Chegando lá fui saudado por meus pais e minha irmã, pessoas que eu amo muito. Almocei uma bela comida caseira. A noite, o segundo churrasco da viagem (verão que foram vários), preparado pelo meu pai, que continua sendo um grande assador.

Depois seguiu-se uma semana cheia. Há tempos não me divertia tanto. Na terça, um show na Furg com uma banda cover dos Beatles. O show foi organizado pelo ex-colega do segundo grau Franco, hoje trabalhando na TV FURG, que tive o prazer de rever. Muito bom o show, com músicas mais "alternativas" dos Beatles, fugindo aos tradicionais hits do álbum "1". Também durante esse show, vi pela primeira vez alguns velhos conhecidos. Pessoas que só conhecia pela comunidade do Orkut "Rio Grande, a cidade" que conheci ao vivo pela primeira vez. Foi curioso "conhecer" ao mesmo tempo tantas pessoas que eu "já conhecia". Também estavam lá grandes amigos como o Suíta e o Celso. Que alegria rever esses caras. Quarta, St Patrick com o amigo Castanheira. Achei o bar bem bacana. Quinta, quinta-dupla, o clássico evento de toda a quinta-feira no Larus. O bar estava ligeiramente superlotado, mas a saudade era tanta que consegui me divertir bastante. Sexta, poker com alguns colegas da comunidade "Rio Grande, a Cidade", só gente boa. Só perdi o jogo porque minha irmã me apressou pra irmos para o show da Graforréia Xilarmônica em Pelotas. Valeu muito a pena ter perdido o jogo pra ir ao show. Reconheço minha ignorância sobre a banda, mas mesmo sem conhecer as músicas curti muito o show. Lá revi mais amigos do tempo do colégio. Mateus, Danica, Jéssica, Grupis, ... Vocês são foda!

Sábado eu finalmente revi a minha filha. Foi muito bom. Amo muito essa menina, e é uma imensa alegria saber que está tudo bem com ela. Apesar de uma situação um tanto complicada de litígio entre eu e a mãe dela que não cabe comentar aqui e à qual ela é mais exposta do que deveria, eu vejo que ela está muito bem, e vai superar todos os problemas. Passeamos e nos divertimos bastante no sábado, no domingo e no feriado de finados, inclusive comendo mais um churrasco. Foi uma sensação indescritível revê-la.

Ainda no sábado, mais um churrasco com a galera toda dos velhos tempos. Todos já citados aqui. Na noite de domingo, o churrasco da comunidade "Rio Grande, a cidade" (perdi a conta dos churrascos... que coisa bem boa isso!). Grande evento, com futebol e muita carne e cerveja. Diversão a valer com uma galera muito legal da comunidade. Foi um prazer conhecer todos.

Na semana seguinte, curti bastante meus pais e minha irmã. Depois fui até Porto Alegre dar uma olhada na feira do livro, conhecer a casa de cultura Mário Quintana e assistir ao show do Júpiter Maçã, um dos meus artistas preferidos. Pena ele não ter tocado mais músicas da "Sétima Efervescência", um dos melhores discos já feitos. Ainda assim foi um baita show. Foi muito bom fazer tudo isso. E muito bem acompanhado, diga-se de passagem ;-).

No último fim de semana no RS, outro churrasco com os grandes amigos Suíta, Velho e Celso, as respectivas esposas e filhos. Nosso grupo de amigos (o "Reduto") está definitivamente na segunda geração, já que agora todos temos filhos, todos saudáveis e bonitos. O tempo passa...

Ainda deu tempo de passar em Campinas, rever meu primo Rafael e a Lígia, conhecer a filhinha deles (muito linda a Isabela, que criançada maravilhosa eu conheci nessa viagem!), e reencontrar alguns amigos do tempo em que eu morava lá. Foi muito legal reencontrar meu primo. Conversar sobre os velhos tempos, sobre a vida. Sempre fui muito próximo desse cara, e aparentemente a distância e o tempo longe não mudam isso. O mesmo vale para todos os familiares e amigos que citei nesse post. Todos extremamente importantes pra mim.

Ufa, foram duas semanas e meia bem intensas. Extremamente gratificantes. Um grande prazer. Três anos de saudades devidamente extravasados. Espero nunca mais ter que passar tanto tempo assim longe de tudo isso. Eu amo o Brasil. A minha terra. A minha gente. Nosso maior problema é social, ou seja, econômico, mas se até a "The Econimist" afirma que o Brasil decolou, ninguém mais segura o meu país.

Saudações a todos os leitores, de um cara muito feliz de ter os amigos, a família e a pátria que tem.