Livro que conta a história das principais figuras do punk rock. Um clássico. Conta trechos sensacionais da vida de figuras como Iggy Pop, Dee Dee Ramone, Johnny Rotten, Sid Vicious e Johnny Thunders entre outros. Esses caras, além de mitos do melhor tipo de rock que existe eram totalmente malucos. Vejam o Dee Dee Ramone por exemplo. O cara no fundo do poço, viciado em heroína a ponto de ser garoto de programa para comprar droga. E depois dessa decadência o cara acaba se tornando o melhor compositor da melhor banda de todas (pra mim, junto com os Beatles). Esse cara pra mim é um vencedor. O livro é cheio de histórias de junkies, de doideiras, drogas, sexo e violência. Tudo narrado através de depoimentos de pessoas que viveram as cenas. Não se sabe se tudo que está ali é verdade. São depoimentos. Mas é tudo muito legal. Muito real. Muito cru como devem ser as coisas. É tudo mais autêntico. Por exemplo, em um show do Zezé de Camargo e Luciano eu garanto que muitas garotas vão ao show para tentar transar com aqueles caras. Mas todas de maneira hipócrita não assumem isso. Num show de punk rock também acontece o mesmo, mas as garotas punk rocker, chamadas de "groupies" fazem isso e assumem. Falam abertamente o que queriam fazer e fizeram. Enfim, tudo é espontâneo e real. Grande trabalho dos autores em editar esses depoimentos todos em uma ordem cronológica e que nos conta grandes momentos da história deste que é o mais rock dos rocks. Hey Ho, Let's Go!
O trecho a seguir mostra a loucura dos caras. Para terem uma idéia do que é esse livro. E não, não sou de drogas e não aconselho a ninguém. Particularmente, prefiro cerveja. Mas não tenho nada contra quem usa-as. "Faz o que tu queres", dizia o Raul. E acho muito interessantes histórias de junkies como a do trecho a seguir. Aliás, mais um não aconselhável para os menores e os que se chocam facilmente.
“Dee Dee Ramone: (…) De repente eu tinha uma enorme quantidade de speed na minha mão. Comecei a cheirar feito um louco. Fiquei muito louco. E então vi Sid, e ele disse: ‘Você tem alguma coisa pra se chapar?’ Eu disse: ‘Yeah, tenho speed.’ Então Sid sacou um kit de apetrechos, botou um punhadão de speed na seringa e daí enfiou a agulha na privada, com todo o vômito e mijo, e encheu. Não pôs no fogo. Só sacudiu, enfiou no braço e saiu do ar. Fiquei só olhando pra ele. E eu que até ali achava que já tinha visto de tudo. Ele olhou pra mim meio zonzo e disse:’Cara, onde você conseguiu essa coisa?’ ”
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